segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Não penses...





Sou demasiado racional. Acabei de perceber isso....também acabei de perceber que Filosofia até serve para alguma coisa, porque foi agora, enquanto estudava Kant que percebi isso.
Kant diz que, uma vez que o corpo e a razão não têm os mesmos interesses e inclinações, a vontade fica indecisa entre os dois, dividida entre o dever de respeitar as motivações provenientes da racionalidade e as necessidades sensíveis. E eu, 99% das vezes, escolho ser racional. Sim, porque eu escolho isto. Eu escolho ser assim. De uma maneira quase não intencional, mas escolho. Eu sou, no final de contas, o meu maior inimigo e, ao mesmo tempo, eu sou a única pessoa em que posso confiar porque, no final, só nos resta nós próprios. E essa, meus amigos, é uma triste verdade da vida.

Eu gostava de ser diferente. Gostava de conseguir seguir os meus impulsos. Ser, o que chamam, um espírito livre. Não ter medo das consequências. Viver o agora e não pensar no depois.

Mas, por outro lado, eu quero acreditar que talvez, por alguma razão, eu sou assim. Por alguma razão que desconheço, fui posta na Terra assim. Por alguma razão, eu sou mais madura para os meus insignificantes 16 anos do que a maior parte das pessoas da minha idade.
Poderei nunca mudar o Mundo. Provavelmente nunca irei ter uma estátua com o meu nome. Mas quero acreditar que, por ser assim, talvez poderei tocar uma vida, nem que seja uma....e que ela me posso dar algo em troca. Que ela me faça alguém melhor. Aí, acho que serei feliz.

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